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Competências, Storytelling e Networking: seu plano de ação para mudar de carreira
Essa é a Parte 3 do especial para você que quer evoluir e trocar de emprego em marketing e growth
Essa edição era especial para assinantes Premium, e para um seleto grupo que já recomendou a newsletter para pelo menos 5 novos assinantes.
No site ele continua trancado, mas…
Como é Natal, resolvi dar o conteúdo de presente para todo mundo. 🎅
Chegamos à edição final do especial de Carreira.
Na primeira parte, fizemos um Mapa de Competências e definimos as prioridades para o seu próximo passo.
Na segunda parte, entendemos quais são os tipos possíveis de Transição de Carreira.
E você também deve ter em mãos o Framework de Carreira que eu criei. Se quiser ter acesso a ele novamente, é só clicar na foto para ir ao Miro.
E agora vamos dar o “suco” final no plano de ação que você precisa fazer para chegar ao próximo nível, colocando alguns exemplos práticos do que fazer.
Se quiser ajuda para criar a sua versão, podemos fazer isso em um programa estruturado de 3 mentorias. Para saber mais, é só me responder esse e-mail.
Em breve, a parte 2 das tendências de marketing 2025.
🧠 Tempo para escrever: 5 horas
📖 Tempo de leitura: 11 minutos (memória de cálculo: 150 palavras/min)
✍️ Edições relacionadas:
As três zonas de competências
Desenvolvimento
Vou partir da premissa que você já detectou quais são as competências e habilidades que você precisa desenvolver para dar o seu próximo passo (é o que você deveria fazer lá na primeira parte deste post).
Existe alguma diferença entre as hard skills (técnicas) e as human skills (comportamentais, também chamadas de “soft skills”).
Se quiser, pode até separar cada “tipo” de skill com uma cor de post-it, para garantir que está endereçando ambos os lados.
Quanto mais técnico, mais formal pode ser o aprendizado, com cursos e certificações. Já os comportamentos são mais fáceis de pegar no aprendizado “direto” no dia a dia.
Exemplos de competências:
Copywriting e newsletters (hard skill)
Análise de dados (hard skill) + pensamento analítico (human skill)
Experiência em fintechs (mercado)
Gestão de pessoas (hard + human skill)
SEO On-Page (competência técnica)
Multitasking (mentira competência técnica)
Pense em tudo que te separa da posição que você mais quer. Aquele gap entre as competências que você tem hoje e as que você precisa para o “trabalho dos sonhos”.
São nessas skills que você precisa focar.
Key Results (como medir):
É difícil medir o quanto você de fato conseguiu uma habilidade, especialmente quando você não tem um “validador” externo.
Completar um curso de inteligência emocional não quer dizer nada sobre você ter inteligência emocional. Nem ler o “Radical Candor”, livro sobre feedback.
Receber um feedback porrada e conseguir separar o joio do trigo para criar um plano de ação, sim.
Inglês: terminar o curso X e tirar 90% no TOEFL (tem alguém externo que valida).
Social Media: pegar um projeto paralelo de Instagram e levar a 10 mil followers orgânicos em 3 meses.
Venture Capital: conseguir negociar um contrato justo e favorável à sua startup contra um VC profissional em um role-play.
Branding: conseguir fazer um trabalho de posicionamento de um novo produto aceito por stakeholders da sua empresa
Mídia Paga: ter uma campanha funcionando em uma ferramenta nova e com retorno positivo sobre o investimento.
Growth: conseguir se formar no Reforge e aplicar os aprendizados dentro do prazo do cohort deles (mais difícil do que parece)
Ações (tarefas e como alcançar):
Projetos Adicionais: Envolver-se em projetos freelance ou voluntários relacionados às áreas de interesse. Startups, ONGs projetos pessoais. Nos meus tempos de juventude, até empresa júnior e atléticas contavam pontos positivos. Essa newsletter é muitas vezes um laboratório.
Estudo, né: Eu sou um nerd convicto. Preciso estudar que nem um animal para dizer que sei algo. Então recomendo sempre mil leituras (não só livros, tem muita coisa boa em posts aprofundados e - pasme - newsletters). Tem que ter referência. Tem que fazer engenharia reversa. Tem que estudar. E não é só curso. O YouTube é amigo seu, e até o ChatGPT pode recomendar um plano de estudo.
Mentoria e “Pedir Pista”: Um jeito que eu gosto muito é o de usar o próprio trabalho como alavanca para o crescimento pessoal. Converse com as pessoas que você admira no trabalho. Vê como elas resolvem alguns tipos de problema. Pede mentoria - ou um cafezinho pra cutucar o cérebro delas, no mínimo. Vê se tem jogo para um projeto em conjunto. Pede feedback estruturado.
Storytelling
“E aí depois que eu me formei, fui fazer um intercâmbio…”
O jeito que você é percebido pelos outros direciona o quanto eles irão abrir portas ou confiar em você.
O problema é que você não controla como os outros te percebem. Isso acontece dentro da cabeça deles. Mas você pode influenciar, e bastante.
Como você se prepara para as reuniões, como você se comporta, até como você se veste (por mais que eu não goste de admitir). Tudo passa uma mensagem.
O jeito que você conta a sua história é um dos maiores ativos.
Não é para mentir, óbvio. Nem exagerar a ponto de distorcer a realidade. Mas dá para colocar mais luz, tempo e energia nos pontos que você acredita que o outro valoriza mais.
A Wes Kao tem um ótimo post sobre isso.
“Se você um dia foi passear no parque e quase foi comido por um urso, comece sua história por lá. Ninguém quer saber o que você tomou de café da manhã naquele dia” - post completo aqui.
Refaça o seu pitch, o jeito que conta seu histórico de carreira, o jeito que dá ênfase em cada etapa… Tudo isso de acordo com o seu público.
Jornalistas gostam de fatos e dados
Executivos corporativos gostam de saber o tempo de casa
Startups gostam de ver que resultado você deu e se você tem a “cultura” deles
Tudo isso é insumo para você entender como se posicionar. Outra coisa:
As redes sociais amplificam a mensagem que você quer passar. E a boa notícia é que você pode controlar o que você posta, e o quanto posta.
Então é um bom campo para jogar (mesmo que em longo prazo).
Perception is Reality
Objetivo (o que você quer):
Aqui você deveria escorar o seu objetivo no seu “sweet spot” que elegou na primeira parte do texto. Ser percebido como "(insira aqui o seu cargo e empresa dos sonhos)”.
Key Results (como medir):
Podem ser um pouco menos óbvios e objetivos.
Número de convites para posições naquele universo
Número de avanços em entrevistas
Métricas de social media (alcance, engajamento)
Número de DM’s pedindo os seus serviços
Ações (tarefas e como alcançar):
Conteúdo: Postar pelo menos três vezes por semana nas redes mais próximas do seu nicho (LinkedIn provavelmente). Comentar em 5 posts por dia. (Os números são genéricos, mas é para você ganhar uma cadência
Pitch treinado: Fazer pelo menos 20 vezes o seu pitch de carreira, coletar feedback e ajustar da maneira mais atrativa possível.
Portfolio: ajustar seu perfil de LinkedIn e currículo seguindo os principais benchmarks do setor que você quer entrar. Criar um site de portfólio
Networking
Your network is your net worth
A frase acima pode parecer clichê, mas é uma grande verdade. Não adianta você se destacar e ter um zetalhão de competências técnicas, e nem saber contar sua história muito bem, se…
Não tem ninguém para escutar.
E por “alguém”, eu quero dizer uma pessoa que esteja em posição de te ajudar em algum momento. Você precisa começar a nutrir um relacionamento com essas pessoas muito, muito antes de começar a pedir algo.
Objetivo (o que você quer):
Ampliar sua rede de contatos estratégicos para mitigar riscos, entender melhor o mercado e fomentar laços que possam ajudar em sua transição de carreira.
Key Results (como medir):
Estabelecer contato com pelo menos 10 novos profissionais da área desejada nos próximos três meses.
Participar de dois eventos de networking (virtuais ou presenciais) por mês.
Conseguir ao menos três recomendações ou introduções de contatos da rede atual.
Ações (tarefas e como alcançar):
Aproveitando sua Rede Atual: Reativar contatos antigos, mantendo as conexões existentes ativas. Enviar mensagens para antigos colegas ou contatos no LinkedIn para saber como estão, compartilhar artigos ou pedir conselhos sobre um tema específico.
Expansão da Rede: Solicitar introduções a partir de contatos em comum para se conectar com novos profissionais da área. Personalizar convites no LinkedIn mostrando interesse genuíno na trajetória do outro e explicando o motivo da conexão.
Participação em Comunidades e Eventos: Participar ativamente de grupos online, fóruns de discussão ou eventos do setor, como webinars ou conferências, para aumentar sua visibilidade e criar novas conexões.
Qual a nota dessa edição?(pessoas educadas respondem) |