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Mapa de Carreira e Competências: como acertar o seu próximo passo

Escolha o seu caminho profissional com um framework inédito e já validado

Parece que vocês gostam da temática de carreira.

O desempenho das edições sobre como escolher um emprego, como desenvolver competências e as primeiras ações de um CMO confirmaram isso.

Legal. Vou atacar com mais uma, voltada especialmente para quem quer ter clareza ao definir os próximos passos da carreira.

Eu criei um framework para isso - validado com pelo menos uma dúzia de amigos, entre cafés e almoços (eu me orgulho de poder ajudá-los).

E é a primeira vez que eu abro esse método a “mar aberto” - sempre me falaram para empacotar e vender como consultoria ou mentoria.

O que você vai ler a seguir é um passo a passo que vai desde encontrar alternativas para a sua crise existencial até uma criar abordagem específica e objetiva para seus potenciais futuros empregadores.

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Eu criei um canvas no Miro onde você pode fazer todo esse processo de criação dos seus próximos passos na carreira e avaliar as suas competências.

Modéstia à parte, ficou muito bom. Então eu vou te pedir um favor em troca dele: recomende a newsletter.

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🧠 Tempo para escrever: 9 horas (+ 4 horas para montar o Canvas)
📖 Tempo de leitura: 21 minutos
📍Na última edição: Playbook: como roubar 1 milhão de usuários dos players tradicionais

Comentário da última edição:

Valeu, Maria Carolina!

Valeu, Aline!

Nessa edição você vai ler:

Fase 1: delimitando o território

A escadinha de onde estamos para onde vamos. Fiz essa imagem em dois minutos usando o Napkin AI, ferramenta bem fácil. Adorei!

A primeira fase do nosso estudo tem cinco etapas, e visa delimitar qual o território em que você quer dar os seus próximos passos na carreira.

Ao fazer essa parte, tem coisa vai te parecer óbvia, o que é bom - e o óbvio precisa ser dito (ou escrito).

Mas te convido a realmente se debruçar sobre essas perguntas e investir um pouco mais de tempo entendendo o que você gosta e não gosta, e quais são as avenidas de crescimento possíveis na sua carreira.

Você vai descobrir bastante coisa nova.

O que você NÃO quer [fase 1, etapa 1]

Inverta, sempre inverta. Vire uma situação ou problema de cabeça para baixo. Olhe para ele ao contrário. O que acontece se todos os nossos planos derem errado? Onde não queremos ir, e como podemos chegar lá?

Charlie Munger, Berkeshire Hathaway

É mais fácil “não ser muito burro” do que “ser muito inteligente”.

O Charlie Munger, parceiro do Warren Buffet no Berkeshire Hathaway (maior fundo do mundo e um dos de melhor retorno) criou o Princípio da Inversão. E nós começamos por ele.

Por isso a primeira fase é : escrever o que você não quer.

Em qualquer aspecto relacionado ao trabalho, do estratégico ao tático. Alguns exemplos de categorias para guiar a sua “anti-lista”.

  • Mercados e modelos de negócio: NÃO quero mais trabalhar no mercado financeiro, ou com empresas B2B de ciclo longo, ou em agências de publicidade.

  • Design organizacional: NÃO quero mais trabalhar em empresas com hierarquia muito grande, ou que precisam de 100% presencial.

  • Cultura: NÃO quero mais a cultura corporativa de muitas reuniões, ou não quero mais a cultura de startup de trabalhar muito.

  • Tarefas: NÃO quero mais nada relacionado a compra de mídia, não quero mais atuar como redator, etc.

  • Localização: NÃO quero mais ir para a Berrini e pegar 2h de trânsito

Aqui, o foco é nos GRANDES nãos. Tem coisas que são negociáveis e tem coisas que são inegociáveis. Se quiser focar só no que você não abre mão, melhor. E se tiver alguma coisa que você não acha muita graça mas até aceita, deixa em um cantinho.

O trabalho dos sonhos [fase 1, etapa 2]

Martin Luther King Jr Protest GIF by GIPHY News

Se você pudesse escolher qualquer trabalho, quais características ele teria?

Pode sonhar, sem miséria. Depois de definir o que você não quer, é hora de pensar no trabalho dos sonhos.

Pense nas características ideais. Exemplos:

  • Ambiente de trabalho: 100% remoto, flexibilidade de horários, time unido

  • Área de atuação: Marketing de conteúdo, métricas, growth, esportes.

  • Mercado: fintechs, agências de publicidade, corporações, etc.

Este é o momento de mirar o mais alto possível e visualizar a direção que você quer seguir. Sem papo de coach aqui.

Ter esse norte claro vai ajudar a direcionar os esforços depois - e até a perguntar dúvidas fundamentais tanto para potenciais empregadores quanto para… você mesmo.

As empresas que você admira [fase 1, etapa 3]

Todo mundo tem uma wishlist. As empresas que você paga pau. Que você quer trabalhar. Que você gosta tanto do produto que trabalharia de graça até (mentira).

Provavelmente quando você estava listando as características que te agradam em uma companhia, pensou em várias dessas empresas para fazer os paralelos. Hora de listar.

É para ser super específico. As minhas são (essa lista é real):

  • Hubspot

  • Nike

  • Morning Brew

  • Reforge

  • First Round Capital

  • Notion

Deixa essas empresas de canto. Você pode voltar para a etapa anterior para incluir novos critérios e características que quer para o trabalho ideal.

Os cargos possíveis [fase 1, etapa 4]

Depois de listar as empresas, pense em quais cargos você gostaria de ocupar.

O mais óbvio é que esses cargos sejam próximos da sua área de atuação e nível de senioridade, talvez uma posição ou nível acima.

Mas não é raro você querer mudar totalmente de função. Inclusive, eu recomendo que você tente fazer esse exercício. Abra o seu horizonte.

Essa foi uma lista que eu fiz em 2022, acho. Resolvi voltar para Marketing 🥳 

Eu mesmo fui de Jornalismo para Marketing, e depois de Marketing para Venture Capital, usando uma lógica similar. Flertei com Inovação e Educação também.

O tamanho da empresa importa também: ser head de marketing em uma startup com outras 4 pessoas é bem diferente de ser head de marketing com 4 times de 20 pessoas cada respondendo para você em uma companhia de capital aberto.

Competências diferentes, cotidiano diferente, ritmo diferente. Então escolha bem.

Além de listar as possibilidades, eu fiz uma planilha comparando cada um dos critérios que estão na foto acima para entender o quanto eu estava animado com cada possibilidade.

O que é inegociável e o preço [fase 1, etapa 5]

O inegociável não é o que você não quer. É o que você não pode.

Tem coisas que não dá para abrir mão. Seja por momento de vida, seja por princípios, seja por algum critério qualquer na sua cabeça, você sempre tem uma lista de pontos aos quais é irredutível.

Queremos ser objetivos aqui.

Pegue uma planilha, compile os seus gastos mensais, seu custo de vida e estresse cenários.

Você quer sair com três coisas em mente:

  1. O mínimo suficiente (“abaixo disso não dá”)

  2. A proposta OK

  3. A proposta IDEAL

Tudo tem um preço. Aqui você está colocando o seu. E esse preço pode estar em algumas “moedas” diferentes. Exemplos:

  • Salário: você tem um valor mínimo para conseguir suprir seu custo de vida.

  • Benefícios: tem gente que não abre mão de plano de saúde, por exemplo.

  • Local e regime de trabalho: vai que você se mudou para Jundiaí e não quer voltar para São Paulo para trabalhar presencial, né?

É importante ser bem realista com essa parte para não cair no canto da sereia depois.

Fase 2: competências e comparação

Eu sempre imagino essa parte como a matriz “Winning Eleven”

O que vamos fazer aqui é basicamente entender o que você é bom e o que você é ruim, e como esse cinto de ferramentas se encaixa nas posições de mercado que você listou.

Tem algum exercício interno aqui, mas busque evidências práticas para guiar a sua escala de competências. O que pode ajudar:

  • Reports de avaliação de desempenho

  • Feedbacks de líderes e gestores

  • Perguntar para colegas qual é o seu superpoder

  • Perguntar para colegas qual é a sua kriptonita

Recomendo que você seja honesto consigo mesmo. Geralmente as pessoas caem em dois baldes: ou tem síndrome do impostor e dizem que não sabem nada, ou se acham demais.

Escala de competências [fase 2, etapa 1]

Mapa de Competências que fiz há um bom tempo em uma V1 deste racional. Já não concordo comigo mesmo em muitas das coisas que eu listei, e não lembro o que as cores significavam.

Agora é hora de deixar sua percepção sobre as empresas e o mercado de lado e mudar a marcha para você. Vamos olhar para dentro agora com um mapa de competências.

Pega uma listinha e escreve tudo o que você sabe fazer profissionalmente. É melhor se for post-it porque você pode mudar um cartão de lugar.

Competências técnicas, certificações, soft skills, coisas que você aprendeu, atividades que você já teve que fazer em algum trabalho… Vai listando.

Você vai categorizar essas competências em 5 categorias de avaliação:

  1. Abaixo da Média: o que você é ruim

  2. Mediano: dá para o gasto.

  3. Bom: entrega com qualidade.

  4. Muito bom: é percebido pelos pares como referência

  5. Classe mundial: não vê ninguém melhor no mundo do que você

Como se avaliar:

É muito fácil ter uma percepção errada ou incompleta sobre si mesmo, especialmente quando a escala pela qual você se avalia é tão arbitrária quanto essa.

Tente lembrar os feedbacks positivos e negativos que você recebeu no trabalho, e com quais competências eles estão relacionados.

Pergunte para amigos e colegas de confiança - aqueles que de fato observam o seu trabalho e podem falar e criticar sem medo.

Relembre reviews de desempenho e conversas com mentores. Faça de tudo para evitar o Efeito Dunning Kruger (aquele que todo mundo acha que é melhor que a média).

Quando estiver usando o Canvas, tente colocar essas competências só “acima da linha” que divide o espaço, ou só com uma cor.

Usaremos o espaço de baixo (ou a outra cor) para a fase 2, que é listar as competências necessárias para as funções que você quer ocupar.

Comparando com o mercado [fase 2, etapa 2]

Essa parte aqui demanda algum estudo sobre as posições que você listou na Fase 1. Você precisa primeiro listar quais são as competências demandadas pelo mercado em cada uma das possibilidades que você listou.

Para fazer essa pesquisa, eu recomendo:

  1. Fuçar os perfis que já ocupam essas posições no LinkedIn: quem é o head de marketing da Nike? Quem é a gerente de produto do Nubank? O que eles tem de especial? Quais competências eles apontam?

  2. Analisar as vagas abertas: olhar os requisitos necessários e os diferenciais pedidos nas oportunidades de emprego das empresas que você admira.

O que você está procurando:

  • Anos de experiência

  • Anos de experiência em uma área específica

  • Cursos e graduações

  • Certificações técnicas

  • Empresas que trabalhou antes

  • Cargos que ocupou antes

  • Requisitos mínimos e desejados

Eu fiz isso na mão, mas provavelmente um ChatGPT da vida pode te economizar um bom tempo nessa pesquisa.

Essa análise vai te ajudar a entender quais são as lacunas e as oportunidades de desenvolvimento (o que o mercado tem que você ainda não tem) e quais são os seus diferenciais em relação aos outros competidores (o que você tem e eles não).

Como se fosse um “papel vegetal” em cima da escala de competências, você vai escrever quais são as habilidades demandadas por essas empresas - para depois cruzar com as suas próprias skills.

Para quem estiver acompanhando pelo Canvas, é hora de colocar as competências com outras cores (recomendado), ou abaixo da linha que divide essa parte para comparar (mas aí você vai ter que mudar no próximo exercício).

Transformando em matriz [fase 2, etapa 3]

O que você adora fazer, mas sabe pouco? O que você é bom mas não aguenta mais fazer?

Pode parecer bobagem, mas a sua satisfação pessoal exercendo aquela tarefa ou competência também tem um peso em cima do seu próximo passo.

Conheço pessoas que são excelentes em Comunicação que quiseram largar tudo para serem Nutricionistas (e hoje são infinitamente mais felizes).

Aqui, você pega as competências que listou na fase anterior, tanto as suas quanto as que entendeu que são relevantes para o mercado (ambas estão no “eixo X”) e adiciona um fator de satisfação pessoal como qualificador (o “eixo Y”).

O que você mais ama vai para cima (ou acha que vai gostar), o que você mais detesta vai para baixo. O resultado desse exercício pode encaixar as skills em quadrantes:

  • Vambora: Sou bom, o mercado pede e eu gosto de fazer.

  • Considerar: sou bom, o mercado pede mas eu não gosto de fazer

  • Melhorar: não sou bom, o mercado pede, e eu gosto de fazer

  • Fugir: nem sou bom e nem gosto de fazer

Reflexão final [fase 2, etapa 4]

Agora é o momento de refinar tudo o que você levantou até aqui:

  • Reavalie: Empresas, cargos, competências, exigências do mercado.

  • Filtre: Veja o que realmente faz sentido e o que pode ser deixado de lado.

Este refinamento garante que suas aspirações estejam coerentes com seus objetivos pessoais e profissionais. A ideia aqui é alinhar seu plano de forma que ele seja viável e traga satisfação.

O que você quer sair é com uma pesquisa que possibilite o seguinte racional (exemplo):

Queria ser o CMO da Nike. Mas percebi que precisaria de uma enorme experiência em varejo e e-commerce. Pelo menos uns 10 anos nesse mercado - coisa que eu não tenho.

Eu poderia tentar entrar na Nike ou nesse mercado com um cargo bem inferior para abrir essa porta, mas não estou disposto a “pagar o preço” porque esbarra em pontos inegociáveis: remuneração, tempo e desafio profissional.

Logo, não faz sentido para mim tentar ser CMO da Nike. Vamos olhar outra coisa.

(Sim, esse é um caso real meu)

Próximos passos: o plano de ação

Com todas essas informações em mãos, chega a hora de montar o plano de ação. Vou aprofundar na Fase 3 do nosso mini workshop na próxima edição.

Quero dar um spoiler: basicamente vou atacar três frentes principais.

  • Desenvolvimento: Projetos adicionais, leituras, cases, “pedir pista” no trabalho, cursos, mentorias, fuçar interminavelmente no YouTube: vamos criar um plano para como você desenvolve as competências que precisa para o próximo passo.

  • Networking: Como usar a sua rede e criar novos relacionamentos com pessoas então desconhecidas para mitigar o risco, entender melhor o seu próximo passo, listar um roadmap de desenvolvimento, e ainda fomentar novos laços.

  • Storytelling: como você se posiciona em relação ao mercado tendo em vista o seu novo objetivo. Controlar a narrativa e guiar a história para mostrar o que você tem de bom e com mais fit com o seu próximo passo.

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Vou confessar: esse material era para ser só para assinantes premium. Mudei de ideia.

Vamos lançar uma versão paga do Growth Insight em muito breve.

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Não lançamos hoje porque tem muita gente nova por aqui - ganhamos mais de 1700 assinantes (!) desde o RD Summit - então vamos primeiro mostrar a que viemos.

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Até semana que vem,

Qual a nota dessa edição?

(pessoas educadas respondem)

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