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Say my name: técnicas para construir o nome de marca ideal
Naming é uma das disciplinas mais relevantes de branding - é como a sua marca vai ser "armazenada" na cabeça do público. Veja aqui como fazer direito (com exemplos)
Bombril. iPod. Wi-Fi. Kevlar. Cotonete. Lycra.
Cada um desses nomes ativou uma associação na sua cabeça. No caso mais simples, você lembrou o que era o produto.
No caso mais completo, associou o nome a uma miríade de sensações e outras palavras que podem ir de “moderno” a “limpo”.
Fato é: se uma coisa tem um nome, ela existe.
E nos casos acima, essas coisas só “existiram” de fato depois de serem nomeadas como marcas e produtos.
O nome é uma das partes mais importantes na construção de uma marca. Mas eu não tenho certeza se o nome é “make or break” porque existem várias outras variáveis.
“O que é que há, pois, num nome? Aquilo a que chamamos rosa, mesmo com outro nome, cheiraria igualmente bem.”
Pensa Nike, Oxxo, Apple, Dell, Coca-Cola.
Nenhum desses nomes é “bom” por natureza.
Hot take 🔥: Todo nome é potencialmente ruim até você botar milhões de dólares para comunicá-lo massivamente. (Aí só alguns permanecem ruins)
Não confunda a frase acima com “nome não importa”, tá? Importa e pode ser um ativo incrível na sua estratégia de marca.
Pensa o quanto que nomes como Dengo e Enjoei não colaboram a comunicar a proposta de valor.
O que eu quero dizer é: o nome é o começo da conversa com o seu cliente. É como você vai ser categorizado na cabeça dele.
Mas é a relação da marca com o consumidor em seus inúmeros pontos de contato (produto, atendimento, propaganda, etc) que vai criar seu real significado.
O que é realmente game-changer é o investimento de inteligência e dinheiro feitos em marca para alugar um duplex de disponibilidade mental na cabeça do consumidor, associado com os elementos certos para a sua empresa.
Para a Kellogg’s 🐓, o valor do nome chega a ser 67,7% (!) do valor da companhia.
Dos USD 22,2 bilhões de valor da companhia, USD 15 bilhões podem ser atribuídos de maneira direta à marca, de acordo com um estudo da NYU Stern.
Não à toa o Gympass mudou para Wellhub.
Não à toa Ponto Frio e Casas Bahia foram e voltaram no nome.
Não à toa a Odebrecht virou Novonor. (desvincular do nome “manchado”)
Não à toa o Facebook virou Meta (mas Metaverso não rolou muito, né).
Não à toa um menino chamado Sue foi até o fim do mundo para se vingar do pai. Se você não sabe do que eu tô falando, é uma música do Johnny Cash. Clica no botão e escuta.
Eu criei uma playlist no Spotify só com músicas que falam de nome pra você ouvir enquanto lê essa edição.
Tem Eminem, Rage Against the Machine, Rihanna e Prince - ou “o artista previamente nomeado como Prince”, para melhorar a nossa metalinguagem.
Naming é importante, o processo de dar nome é importante, e você vai entender melhor como fazê-lo nas próximas linhas.
👓️ Tempo de leitura: 19 minutos
✍️ Tempo de escrita: 8 horas
🔉 Tempo de playlist: 75 minutos
📰 Na última edição: B2Bold: 3 cases ousados sobre construção de marca